
Santa
Ana ou Sant’Ana (latim Anna, e este do hebraico Hhannah-Graça) foi mãe da
Virgem Maria e avó de Jesus Cristo.
Sant’Ana
é aquela privilegiada criatura que Deus escolheu, para ser na terra, Mãe da
Virgem Imaculada. Sant’Ana, depois de São José, foi a criatura que mais perto
esteve do Verbo Encarnado. A intimidade do sangue e do parentesco.
De
Sant’Ana bem pouco nos dizem a história e a Sagrada Escritura, mas basta
sabermos, para compreendermos quem ela é, e quão grande é o seu poder,
basta-nos só isso: É A MÃE DA MÃE DE JESUS, A AVÓ DE JESUS CRISTO.
Louvamos
a Maria porque é a Mãe de Deus. Louvamos a Sant’Ana porque é a Mãe da Mãe de
Deus. Não se pode fazer uma idéia mais elevada, mais exata do mérito e das
virtudes extraordinárias de Sant’Ana, do que dizendo e meditando esta verdade:
"ELA DEU AO MUNDO A MÃE DO FILHO DE DEUS ENCARNADO."
Os
dados biográficos que sabemos sobre os pais da Bem Aventurada Virgem Maria nos
foram legados pelo Proto-Evangelho de Tiago, obra citada em diversos estudos
dos padres da Igreja Oriental, como Epifânio e Gregório de Nissa.
Sant'Ana,
cujo nome em hebraico significa graça, pertencia à família do sacerdote Aarão e
seu marido, São Joaquim pertencia à família real de Davi. Seu marido, São
Joaquim, homem pio fora censurado pelo sacerdote Rúben por não ter filhos. Mas
Sant’Ana já era idosa e estéril. Confiando no poder divino, São Joaquim
retirou-se ao deserto para rezar e fazer penitência. Ali um anjo do Senhor lhe
apareceu, dizendo que Deus havia ouvido suas preces. Tendo voltado ao lar,
algum tempo depois Sant’Ana ficou grávida. A paciência e a resignação com que
sofriam a esterilidade levaram-lhes ao prêmio de ter por filha aquela que havia
de ser a Mãe de Deus.
Ana
e Joaquim residiam em Jerusalém, ao lado da piscina de Betesaida, onde hoje se
ergue a Basílica de Santana; e aí , num sábado, 8 de setembro do ano 20 a.C.,
nasceu-lhes uma filha que recebeu o nome de Miriam que em hebraico significa
Senhora da Luz, traduzido para o latim como Maria. Maria foi oferecida ao
Templo de Jerusalém aos três anos, tendo lá permanecido até os doze anos.
A
devoção aos pais de Nossa Senhora é muito antiga no Oriente, onde foram
cultuados desde os primeiros séculos de nossa era, atingindo sua plenitude no
século VI. Já no Ocidente, o culto de Santana remonta ao século VIII, quando,
no ano de 710, suas relíquias foram levadas da Terra Santa para Constantinopla,
donde foram distribuídas para muitas igrejas do Ocidente, estando a maior delas
na igreja de Sant’Ana, em Düren, Renânia, Alemanha.
Seu
culto foi tornando-se muito popular na Idade Média, especialmente na Alemanha.
Em 1378, o Papa Urbano IV oficializou seu culto . Em 1584, o Papa Gregório XIII
fixou a data da festa de Sant’Ana em 26 de Julho, e o Papa Leão XIII a estendeu
para toda a Igreja, em 1879. Na França, o culto da Mãe de Maria teve um impulso
extraordinário depois das aparições da santa em Auray, em 1623. Tendo sido São
Joaquim comemorado, inicialmente, em dia diverso ao de Sant’Ana, o Papa Paulo
VI associou num único dia, 26 de julho, a celebração dos pais de Maria
Santíssima.
Em
nada pode ficar prejudicado o louvor de Sant’Ana e de São Joaquim porque a
Bíblia não trás os seus nomes benditos. Não diz o Eclesiástico que “não se
conhece melhor um homem do que pelos filhos que deixa?”. E o Livro dos
Provérbios afirma que “o mérito do filho faz a glória do pai”. É impossível
maior grandeza que a de Maria Santíssima. Portanto, o louvor da Mãe de Deus não
encerra de certo modo o louvor e a glória da Mãe da Mãe de Deus? Que filha mais
elevada e glorificada que Maria ? E por quê ? Porque dela nasceu o Redentor do
mundo, e a fez bendita entre todas as mulheres. Que Mãe, depois de Maria foi
mais honrada, mais privilegiada que a Mãe daquela que é a Mãe do seu Criador?
Podemos dizer também a Sant’Ana nas devidas proporções do louvor: “Todas as
gerações vos hão de chamar bem-aventurada, porque sois bendita entre todas as
mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre- Maria”
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